Tuna D'Elas - Tuna Feminina da Universidade da Madeira |
Grupo de Folclore da Casa do Povo de Gaula |
Grupo 101 de Escoteiros de Santa Luzia |
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Como ajudar?
💡 Reduza a iluminação na área exterior da sua habitação
🐥 Esteja atento à queda de aves marinhas
🐣Seja guardião e patrulhe a sua área de residência
📞Contacte-nos com o seu registo (madeira@spea.pt / 967232195)
#salveumaavemarinha
Já encontrámos algumas aves, sendo uma delas muito especial: uma Freira-da-Madeira! Uma das aves mais ameaçadas do Mundo!
Uma freira-da-madeira foi recolhida no centro do Funchal, vítima da poluição luminosa. Este juvenil, ao sair do seu ninho (na zona central da ilha), deparou-se com a intensa iluminação existente na nossa orla costeira e acabou encandeado.
As nossas espécies de aves marinhas sofrem com esta problemática.. ajude-as a regressar ao mar!
De dia 15 de outubro a 15 de novembro, a nossa sede da SPEA Madeira está aberta ao público com uma exposição sobre a Campanha Salve uma Ave Marinha. Faça-nos uma visita para saber mais sobre esta campanha, e participe como voluntário.
No próximo dia 15 de outubro, é celebrado o início da Campanha Salve uma Ave Marinha, que já conta com 12 anos de existência.
Marque na sua agenda as datas mais importantes:
15 OUT - Dia aberto - A Sede da SPEA Madeira estará aberta ao público para dar a conhecer a campanha e facultar um Kit para salvar aves marinhas. Visite-nos na Rua da Mouraria, nº9, 4ºB, Funchal, entre as 16h e as 18h.
Todos os anos, são salvas cerca de 200 aves marinhas, maioritariamente juvenis, vítimas da poluição luminosa.
A data escolhida para o decorrer da campanha coincide com a saída do ninho dos juvenis de cagarra (Calonectris borealis). Esta é a maior e mais abundante ave marinha na região, sendo que é também a que é mais afetada pela luz noturna artificial. Ou seja, é a cagarra a ave mais recolhida durante a nossa campanha! As cagarras juvenis, que saem dos seus ninhos entre outubro e novembro e, atraídas pela iluminação pública, colidem com edifícios, linhas elétricas e veículos. A situação piora ainda mais em noites de lua nova. 😥
Esteja atento aos próximos dias pois a probabilidade de encontrar uma ave que precise da sua ajuda é elevada!
As ameaças atuais a esta espécie resultam principalmente da introdução de predadores nas áreas de reprodução, da perda de habitat derivada da expansão urbana, da poluição luminosa que leva à desorientação de juvenis e da captura acidental em artes de pesca. Apesar da proteção legal e da redução significativa na captura ilegal de crias nos últimos anos, poderão ainda ocorrer alguns eventos pontuais de captura ilegal. A erradicação de predadores introduzidos é uma medida importante para a conservação da cagarra, sendo necessário ponderar as relações tróficas existentes entre as várias espécies de mamíferos antes de qualquer intervenção.
Seja voluntário e contribua para o resgate dos juvenis que estão a sair dos ninhos e sofrem com encandeamento pela luz. Faça parte da nossa brigada de patrulhamento e contacte-nos com a sua disponibilidade para fazer rondas noturnas em busca de aves encandeadas através do e-mail madeira@spea.pt.
Se encontrar uma ave marinha encandeada deve aproximar-se lentamente e pôr a ave numa caixa de cartão, para posteriormente soltá-la à noite, à beira-mar, num sítio calmo e escuro.
Contacte-nos com o seu registo através do telefone 967232195 ou preencha o formulário em https://bit.ly/2x1AWSP. Caso a ave esteja ferida, contacte o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, RAM através do 961957545 (09:00-17:30) ou a GNR - Comando Territorial da Madeira (disponível 24 horas).Salvar a vida de uma ave marinha não é uma tarefa tão difícil. Por isso é tão importante a colaboração da população para a recolha e identificação de aves marinhas encandeadas.
No Arquipélago da Madeira e Selvagens, nidificam 8 espécies de aves marinhas da ordem Procellariiformes. Já as conhece todas?
Esteja atento ao calendário: este mês de setembro abrange a saída dos ninhos dos juvenis de alma-negra, roque-de-castro e freira-da-madeira.
Salvar uma ave marinha não é difícil. Recolha a ave desorientada e deixe-a junto ao mar, à noite, num local escuro e seguro. Nestas alturas críticas, as aves podem vir a necessitar da sua ajuda para regressar ao mar.Contacte-nos com o seu registo através do telefone 967232195 ou preencha o formulário em https://bit.ly/2x1AWSP.
❗️ Caso a ave esteja ferida, contacte o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, RAM através do 961957545 (09:00-17:30) ou a GNR - Comando Territorial da Madeira (disponível 24 horas).
🔍 Saiba mais em http://salvar-avemarinha.blogspot.com/.
#salveumaavemarinha
ALMA-NEGRA
Sabia que a alma-negra com mais idade, de que se tenha conhecimento, foi registada entre 1992 e 1993, com 24 anos de idade? E que esta é uma espécie com distribuição pantropical ocorrendo nos três principais oceanos?
AMEAÇAS
Atualmente as colónias de almas-negras estão restritas a ilhas e pequenos ilhéus livres de predadores exóticos, tais como ratazanas, gatos e mustelídeos, constituindo estes predadores a sua principal ameaça em Portugal, tendo exterminado as populações nas ilhas onde foram introduzidos. Na ilha da Selvagem Grande é conhecida a predação de adultos e de crias por gaivotas, no entanto o impacto desta ameaça na população é ainda mal conhecido. Outros fatores de mortalidade podem estar relacionados com a ingestão de detritos marinhos sintéticos e a poluição luminosa.
Sabia que existem duas populações de roque-de-castro bem distintas? Estas populações apresentam caraterísticas morfológicas, períodos reprodutivos e vocalizações diferentes. A população de inverno é mais abundante e nidifica entre setembro e fevereiro, enquanto a população de verão nidifica de março a outubro.
AMEAÇAS
A nível global, apesar do grande tamanho da população e da extensa área de distribuição, a espécie parece estar em declínio. As principais ameaças identificadas em Portugal são a presença/introdução de predadores, o aumento da pressão por parte de predadores naturais e a perturbação humana.
FREIRA-DA-MADEIRA
Sabia que a freira-da-madeira é considerada uma das aves marinhas mais raras do Mundo? Esteve declarada extinta até o fim dos anos 60, altura em que foi redescoberta. A partir daí várias medidas de conservação começaram a ser aplicadas até aos dias de hoje.
AMEAÇAS
No passado, a captura de adultos, de juvenis e de ovos poderá ter representado uma ameaça importante para esta espécie. A predação direta por ratazanas e por gatos assilvestrados deverá ter sido a causa da extinção desta freira em outros locais da ilha da Madeira. A presença continuada de herbívoros introduzidos (cabras, ovelhas e coelhos) terá potenciado a destruição das suas principais áreas de nidificação. As diversas campanhas de controlo destas ameaças, realizadas desde 1987, terão permitido a recuperação do habitat de nidificação e da população desta espécie. Devido à sua restrita área de nidificação, fenómenos ocasionais (como é exemplo o incêndio de 2010) representam também uma ameaça direta para a freira-da-madeira.
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Quais são as principais ameaças às aves marinhas? 🎣🐱💡
Sabia que continua a haver caça ilegal de cagarra? 🚫
Como resultado dos seus hábitos noturnos em terra e orientação pelos padrões estrelares, as aves marinhas possuem olhos adaptados à visão noturna. Estas características, que lhes fornecem uma vantagem adaptativa, tornam-nas também mais sensíveis à luz. Como resultado, as luzes das cidades encadeiam as aves marinhas, desorientando-as. Os juvenis quando saem dos ninhos, por serem pouco experientes, são atraídos pela luz artificial e ficam desorientados, caindo entre as cidades e por vezes colidindo com edifícios, carros ou postes de luz.
A SPEA Madeira, através da Campanha Salve Uma Ave Marinha, procura minimizar os impactes da luz noturna artificial nas aves marinhas, sensibilizando a população para a redução da luz e para o resgate das aves encadeadas. Saiba mais sobre a campanha no facebook da SPEA Madeira ou no grupo Aves Marinhas da Macaronésia, e veja no calendário quais são as épocas críticas de quedas de aves marinhas, que coincidem com a saída do ninho dos juvenis destas 8 espécies de aves marinhas, da ordem Procellariiformes, existentes no Arquipélago da Madeira.
Calendário das datas das saídas dos juvenis dos ninhos. |
Para além da poluição luminosa, as aves marinhas sofrem com outras ameaças:
A captura acidental de aves marinhas acontece quando estas ficam presas nas artes de pesca. Este é um problema de conservação a nível global que provoca, apenas em águas europeias, a morte de cerca de 200.000 aves por ano. Na Madeira, apenas é permitida a pesca em Palangre, dedicada ao peixe-espada.
As aves marinhas não conseguem adaptar os seus ritmos biológicos às alterações da temperatura dos oceanos. Com as alterações climáticas, cada vez é mais difícil para estas aves encontrar alimento para as suas crias.
A poluição é uma das maiores ameaças, chegando anualmente 8 milhões de toneladas de plástico ao oceano. Os efeitos são muito negativos para toda a vida selvagem e para os ecossistemas marinhos, com um milhão de aves marinhas a morrer, todos os anos, devido à poluição por plástico.
Sozinhas ou em bando, milhares de aves voam todos os anos para a Madeira. Aqui passam o período mais importante das suas vidas, o da reprodução. O ambiente insular é o destino perfeito para a nidificação, mas com a chegada do Homem e a introdução de novas espécies, o equilíbrio natural sofreu alterações e as colónias ficaram expostas a novos perigos. Encontrar um local seguro e abrigado para fazer ninho, é por isso uma tarefa levada muito a sério: dela depende a sobrevivência dos ovos e dos filhotes recém-nascidos, presas indefesas de predadores como o rato, o murganho, a cabra ou o gato silvestre. Os ninhos normalmente localizados em cavidades naturais ou em buracos escavados no solo são, muitas vezes, ameaçados por plantas exóticas invasoras.
Principais ameaças às aves marinhas. |
A cagarra faz o ninho em cavidades naturais, como fendas nas rochas ou sob amontoados de pedras, ou podem ser escavados no solo. Põem apenas um ovo, e ambos os progenitores cuidam da cria, fazendo muitas vezes longas viagens pelo mar, em busca de alimento. Apesar de viverem mais de 30 anos, o facto de porem apenas um ovo e de levarem tanto tempo a atingir a idade reprodutora faz com que a espécie seja muito vulnerável a ameaças como a predação por espécies invasoras, as capturas acidentais na pesca, a perda de habitat, a poluição luminosa e, na Madeira, mesmo nos dias de hoje, ainda sofrem de caça ilegal.
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Cagarra adulta no ninho. |
Antigamente, em 1964, a caça da cagarra na região era muito recorrente, devido à falta de alimento, esta era muito procurada pela população em geral durante os meses de setembro a outubro de cada ano, ou seja, no fim da época de reprodução (quando os juvenis apresentam mais gordura armazenada) eram organizadas várias expedições às ilhas Selvagens com o intuito de capturar o maior número possível de juvenis. A última expedição ocorreu a 15 de setembro de 1967 quando Paul Zino proibiu a caça à cagarra. Em 1976, devido a uma revolução da população, durante um período de mudança de regime político em Portugal (1974/75) as populações de cagarra que nidificavam nas ilhas Selvagens, maioritariamente a Selvagem Grande, foram, de novo, alvo de chacina, dizimando quase toda a população existente. Desde então a colónia tem tido uma recuperação lenta e graças à introdução de leis e controlo por parte de vigilância permanente esta apresenta uma população que está estimada em 29 540 casais (Granadeiro et al. 2006).
A SPEA, durante as suas ações de monitorização de duas colónias distintas, encontrou vestígios da prática ilegal de caça de cagarras. Três ganchos foram encontrados junto de ninhos outrora ocupados.
A SPEA tem vindo a realizar diversas atividades de sensibilização ambiental relativamente às aves marinhas e suas ameaças, tendo alguns populares mencionado, por diversas vezes, que tinham conhecimento da apanha ilegal e consumo de cagarra atualmente, quer na Madeira, quer no Porto Santo, principalmente pela comunidade piscatória. Esta ave é retirada do seu ninho utilizando ganchos, para posterior consumo da carne.
À semelhança do controlo e proteção destas aves marinhas, que ocorre nas Selvagens, é imperativo que haja mais fiscalização nas colónias e sensibilização à população para o término desta atividade ilegal na Madeira e Porto Santo.
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Ganchos encontrados em colónias de cagarra para a prática ilegal de caça. |