Campanha



A poluição luminosa é uma ameaça para as aves marinhas, em especial na época em que os juvenis abandonam os ninhos. Estas aves são atraídas pelas luzes, levando à colisão com edifícios, linhas elétricas e veículos. Esta problemática tem se tornado mais alarmante à medida que aumentam as pressões de desenvolvimento nas áreas costeiras, nomeadamente devido à ocupação destas áreas pelas urbanizações e unidades hoteleiras.

Cerca de 75% da população da Madeira vive na costa sul, resultando ser a fração da ilha com maior número de aves marinhas vítimas de encandeamento.
As ruas sobreiluminadas, os projetores de luz mal direcionados (para escarpas e para o mar) e os candeeiros que não bloqueiam a emissão de luz para o céu, contribuem para a poluição luminosa das cidades.



Cientes dos elevados números de aves marinhas vítimas da poluição luminosa, em 2009, a SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves criou a Campanha Salve uma Ave Marinha. Esta campanha surgiu devido à presença de aves marinhas, no arquipélago da Madeira, com distintos estatutos de conservação, e que continuamente são afetadas pela iluminação pública. 
A grande aposta foi sempre na sensibilização da população para a problemática da poluição luminosa, atuando na redução na emissão de luz e também na formação sobre o procedimento a adotar perante uma ave desorientada.
A campanha cresceu e foram muitos os voluntários que nos apoiaram na recolha de aves, libertando-as no seu meio natural – o mar.
Agradecemos a todos aqueles que têm apoiado a nossa missão, desde os voluntários nos patrulhamentos, aos hotéis que desligam as luzes nas épocas mais problemáticas e aos municípios que adotam as nossas recomendações.

Todos os anos, são salvas cerca de 200 aves marinhas, maioritariamente juvenis, vítimas da poluição luminosa.
Número de aves recolhidas por município desde 2003 até 2016


Saiba o trabalho da SPEA na mitigação desta problemática no novo projeto LIFE Natura@night, aqui.