Em São Vicente, o município prontificou-se a diminuir a poluição luminosa neste período crítico para as cagarras. Desta forma, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) identificou pontos sobreiluminados, principalmente na frente-mar e centro da vila, para que se procedesse à redução da iluminação pública.
A recolha de aves marinhas é importante, mas prevenir o encandeamento e colisão das mesmas é crucial. Por irem à raiz do problema, as medidas que o Município de São Vicente pôs em prática são importantes para a conservação destas aves. Deste modo, as práticas compatíveis com a biologia das aves marinhas devem ser prioritárias para entidades e população em geral.
Centro de Ciência Viva do Porto Moniz |
Por outro lado, no concelho do Porto Moniz, o Centro de Ciência Viva tem sido ativo na recolha e libertação de aves marinhas, principalmente por iniciativa de Liliana Sousa. O nosso formulário recebeu vários registos de cagarras recolhidas na zona do edifício do Centro de Ciência Viva e do Posto de Turismo do Porto Moniz, que ao anoitecer foram libertadas junto ao mar.
Ainda dentro do mesmo concelho, na freguesia do Seixal, temos o Clube Naval do Seixal que também tem sido exemplar na recolha de cagarras. Foram já várias as cagarras encandeadas que sofreram quedas junto à zona do Clube Naval. O procedimento foi o de recolha e libertação destas aves.
Zona onde se localiza o Clube Naval do Seixal |
Neste período específico, em que as cagarras juvenis saem dos seus ninhos entre outubro e novembro, é importante que a atenção se redobre sobre esta espécie que, na Madeira, é das mais abundantes aves marinhas. No entanto, durante todo o ano, várias outras espécies de aves marinhas sofrem com a poluição luminosa: ficam encandeadas, colidem com edifícios e outro tipo de mobiliário urbano e caem no chão, desnorteadas.
Ajude-nos a salvar as nossas aves marinhas e colabore na sua conservação. Para o esclarecimento de qualquer dúvida ou sempre que encontre um animal, contacte-nos através do nosso telefone 967 232 195, do e-mail madeira@spea.pt ou do Formulário Salvei uma Ave Marinha.
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