23/08/2023

Estamos noutro lado

O nosso blog é um repositório importante de informação e podes continuar a utilizá-lo. Mas, desde 2023, os nossos esforços estão focados no website do projeto LIFE Natura@night, onde podes encontrar informação mais atual sobre o combate à poluição luminosa.


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13/10/2022

Voluntários precisam-se

As aves marinhas estão a ser encandeadas. Como pode ajudá-las?

Participe nas Brigadas de Patrulhamento que decorrerão ao longo da saída do ninho dos juvenis de cagarra, em que a época crítica é a última semana de outubro, e a primeira semana de novembro.

Contacte-nos para fazer voluntariado connosco!




06/06/2022

Ajude o patagarro

PATAGARRO

Na Madeira, esta espécie (Puffinus puffinus) é conhecida por patagarro, nos Açores por estapagado e por fura-bucho-do-atlântico em Portugal Continental.

Sabia que a densidade populacional do patagarro na ilha da Madeira não está devidamente bem estudada? A estimativa da população do patagarro na Madeira foi avaliada pela contagem de jangadas - conjunto de aves marinhas pousadas na superfície do mar - no início do século XXI, um método com elevado grau de incerteza.

⚠️ AMEAÇAS

Em Portugal, num passado já remoto, esta espécie sofreu uma forte redução nas suas colónias de reprodução como resultado da introdução de predadores terrestres e da captura direta para exploração de óleo, de carne e de penas. Atualmente o fator de ameaça mais importante continua a ser a presença de predadores introduzidos nas áreas de reprodução.

🔍 Saiba mais sobre a espécie aqui.

Esta espécie nidifica no Atlântico Norte, maioritariamente no Reino Unido e na Irlanda, com pequenas colónias no Canadá, nos Estados Unidos, na Islândia, em Espanha e em Portugal. No nosso país reproduz-se na ilha da Madeira e nas ilhas das Flores e do Corvo (Açores), não tendo sido possível confirmar a sua reprodução noutros locais deste último arquipélago, onde deverá também nidificar. É frequente nas águas portuguesas durante a migração pós-nupcial, em especial desde meados de agosto até meados de outubro, devido ao facto de uma parte importante do contingente das Ilhas Britânicas passar pela nossa ZEE, em direção às suas áreas de invernada localizadas ao largo da América do Sul. Em grande parte das águas açorianas, ocorre sobretudo durante ambos os períodos migratórios. Na Madeira, observa-se praticamente durante todo o ano, sendo que de meados de janeiro até finais de junho ou princípios de julho está presente a população nidificante e, no verão e no outono, estão presentes os migradores de passagem.

Na Madeira, nidifica em falésias no interior da ilha, acima dos 500 metros de altitude, em zonas de floresta nativa com pouca rocha nua e boa cobertura arbustiva. No Corvo e nas Flores, as colónias localizam-se em falésias íngremes e pouco acessíveis. Nesta primeira ilha, a reprodução parece ocorrer cerca de dois meses mais tarde do que na Madeira.



Já sabe o que fazer quando encontrar uma ave marinha desorientada?



12/05/2022

Ajude o pintainho

Juvenil de Pintainho. Foto por Beatriz Martins

Sabia que em 2012, durante um estudo das espécies das Ilhas Selvagens, foi recolhido um pintainho que tinha sido anilhado 19 anos antes, em 1993? Esta espécie tem a sua grande fatia populacional nas Selvagens, sendo por isso dificilmente observada. Nos Açores, é conhecida como frulho.

As suas patas são azuladas e possui um dorso muito escuro e um ventre claro. Esta ave nidifica nas falésias de pequenas ilhas e ilhéus, e os seus ninhos são construídos em cavidades e buracos de rochas, assim como por baixo de pedras soltas.

⚠️ AMEAÇAS

Os principais fatores de ameaça e de mortalidade em terra resultam da predação exercida por mamíferos introduzidos, da ocupação da área costeira com urbanizações, da ocorrência regular de predadores, tais como a gaivota-de-patas-amarelas, da poluição luminosa e da competição interespecífica por cavidades de nidificação. Nos Açores, foram definidas linhas de investigação prioritárias para a conservação desta espécie.

🔍 Saiba mais sobre a espécie aqui.


Esta espécie encontra-se localmente nas águas tropicais e temperadas do Atlântico Norte, reproduzindo-se em diversos arquipélagos europeus e americanos. Em Portugal, reproduz-se em todas as ilhas e na maioria dos ilhéus dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Nos Açores, as posturas geralmente iniciam-se em meados de janeiro, com os últimos juvenis a saírem do ninho no início de junho. Ao contrário da maioria das espécies de Procellariiformes, o pintainho não realiza migrações de grande escala. Pelo menos parte da população permanece próximo das suas colónias de nidificação durante a época não reprodutora, podendo visitá-las durante este período. Em virtude do seu comportamento mais sedentário e da ausência de colónias de reprodução no Continente, a ocorrência do pintainho nesta região deverá estar relacionada com a expansão significativa da sua área de alimentação no período pós-reprodutor e com a ocorrência de movimentos dispersivos. Ainda que em números escassos, frequenta tanto áreas costeiras como oceânicas na primavera, no verão e no outono. A espécie parece ocorrer em toda a ZEE, embora com densidades mais elevadas em redor da Madeira.

Pintainho adulto. Foto por Ana Isabel Fagundes

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