08/10/2021

Preparações para a campanha Salve Uma Ave Marinha 2021



Cientes dos elevados números de aves marinhas vítimas da poluição luminosa, em 2009, a SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves criou a Campanha Salve uma Ave Marinha.
A grande aposta foi sempre na sensibilização da população para a problemática da poluição luminosa, atuando na redução na emissão de luz e também na formação sobre o procedimento a adotar perante uma ave desorientada.

Contando com 12 anos de regaste de aves marinhas, este ano contará com eventos de divulgação (peddy paper e dia aberto na sede da SPEA Madeira) e haverão brigadas de patrulhamento a fazer rondas nas noites mais propícias a quedas (lua nova - de 28 outubro a 4 novembro), bem como entrevistas na tv e rádio.

Qualquer pessoa pode ajudar! Contacte-nos com a sua disponibilidade para madeira@spea.pt.
Salvar a vida de uma ave marinha não é uma tarefa tão difícil. Por isso é tão importante a colaboração da população para a recolha e identificação de aves marinhas encandeadas.

Todos os anos, são salvas cerca de 200 aves marinhas, maioritariamente juvenis, vítimas da poluição luminosa.

Porque as aves marinhas são afetadas pela luz noturna artificial?
Como resultado dos seus hábitos noturnos em terra e orientação pelos padrões estrelares, as aves marinhas possuem olhos adaptados à visão noturna.
Estas características, que lhes fornecem uma vantagem adaptativa, tornam-nas também mais sensíveis à luz.
Como resultado, as luzes das cidades encadeiam as aves marinhas, desorientado-as.
Os juvenis são particularmente vulneráveis. Devido à sua falta de experiência são, muitas vezes, atraídos por essas luzes!

A poluição luminosa exerce efeitos negativos num conjunto alargado de espécies, para além das aves marinhas.
Artrópodes, répteis, humanos e outros mamíferos, assim como outras aves sofrem com os efeitos nefastos do excesso de luz.
Luzes mais eficientes poluem menos e contribuem para um planeta mais saudável.
Reduza a luz, estará a ajudar o ambiente e a poupar energia.

Cerca de 75% da população da Madeira vive na costa sul, resultando ser a fração da ilha com maior número de aves marinhas vítimas de encandeamento.
As ruas sobreiluminadas, os projetores de luz mal direcionados (para escarpas e para o mar) e os candeeiros que não bloqueiam a emissão de luz para o céu, contribuem para a poluição luminosa das cidades.


Consulte o calendário e nas épocas críticas das várias espécies esteja atento a aves que possam necessitar da sua ajuda para regressar ao mar. Este mês de setembro abrange a saída dos ninhos dos juvenis de alma-negra, roque-de-castro e freira-da-madeira.

Contacte-nos com o seu registo através do telefone 967232195 ou preencha o formulário em https://bit.ly/2x1AWSP. 

❗️ Caso a ave esteja ferida, contacte o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, RAM através do 961957545 (09:00-17:30) ou a GNR - Comando Territorial da Madeira (disponível 24 horas).

🔍 Saiba mais em http://salvar-avemarinha.blogspot.com/.

#salveumaavemarinha

Sem comentários:

Enviar um comentário